AI no Combate ao Covid-19!

A inteligência artificial já faz parte da vida das pessoas, e isso é irrevogável. Dito isto, como é possível utilizar dessa e outras tecnologias em benefício humano, na área da saúde? Mais específico e urgente: Como a inteligência artificial está sendo utilizada para traduzir os números da COVID-19?

É o que vamos tratar nesse texto.

Confira:

Quando se trata de uma doença grave e de rápido contágio, como é o caso do Novo Coronavírus, o principal é acelerar diagnósticos, para iniciar o tratamento o quanto antes, aumentando as chances de cura e reduzindo a contaminação de mais pessoas, com o isolamento do infectado. Segundo orientações da Organização Mundial de Saúde, caso uma pessoa apresente sintomas leves, como tosse leve ou estado febril, geralmente não há necessidade de procurar atendimento médico. O ideal é ficar em casa, fazer autoisolamento para não correr risco de se contaminar, caso não passe de um resfriado.

Com a IA, o tempo até o diagnóstico pode ser ainda mais breve. Com tecnologias como machine learning, atendimentos virtuais com robôs resguardam profissionais de saúde e oferecem qualidade e precisão equivalente nessa coleta de dados, permitindo que tais robôs aprendam cada vez mais, à medida que dados são coletados. Dessa forma, não apenas o diagnóstico acontece de maneira mais célere, como também há um monitoramento mais amplo e eficaz da evolução da doença e do quadro do infectado. Além disso, pesquisadores da Universidade de Geociências da China,do Hospital Renmin da Universidade de Wuhan e da Wuhan EndoAngel Medical Technology Company e compartilharam trabalhos sobre o uso da técnica de deep learning que detectaram o vírus com precisão superior a 95%.

Trata-se dos sistemas de triagem de pacientes a partir da telemedicina, em que se utilizam protocolos baseados em roteiros de diagnósticos clínicos. Um dos sites, o Coronabr, utiliza um robô que atua como enfermeiro virtual, realizando perguntas ao paciente levando-o a um diagnóstico suspeito ou não para a doença.

Dessa maneira evita-se o contágio de ainda mais pessoas saudáveis, uma vez que esse paciente que busca um diagnóstico virtual está dentro da própria casa e não entra em contato com outros indivíduos já infectados pela doença. O inverso também é válido: se este paciente está infectado, pode optar por buscar atendimento em casa e não contaminar mais pacientes dentro de uma unidade de saúde, que podem estar saudáveis e se contaminariam por esse contato que, hoje já pode ser evitado, graças à inteligência artificial.

Como refinar essa inteligência?

Mas não é só de tecnologia que são feitos tais avanços. Há toda uma equipe médica por trás da estrutura, fortalecendo o banco de dados de diagnósticos, atualizando constantemente as informações a respeito da doença, para que o resultado seja cada vez mais objetivo e consistente. Portanto, os algoritmos existem apenas a partir das informações que os profissionais de saúde compilam e tratam.

Além do diagnóstico, a IA atua também no monitoramento desses pacientes já identificados e em tratamento. Em pesquisa inédita, um grupo de pesquisadores, utilizando um software de inteligência artificial que cruza informações de medicamentos e as combina, encontrou um medicamento que pode amenizar os sintomas da doença, o Barictinib.

Já os enfermeiros-robôs ganham um destaque especial nessa área. Eles auxiliam no atendimento aos pacientes hospitalizados, monitorando seus dados e identificando os mais graves, que precisariam de mais atenção humana. E os pacientes também podem se comunicar com os robôs, através de uma tela touch, bem na altura do “rosto” do dispositivo, podendo digitar mensagens específicas aos médicos.

Há também diversos projetos que buscam identificar os anticorpos da doença para a criação de vacinas. É o caso de um estudo liderado por Kaue Cano Souza, aluno do curso de Engenharia Eletrônica da UFSC, vencedor do  Hackathon Lumiata Covid-19 Global AI, competição promovida por empresas do Vale do Silício especializadas em inteligência artificial no ramo médico, e realizada de 17 de abril a 1º de maio deste ano. Nesse projeto, o foco principal é o registro de resultados por meio de blockchains, (os “protocolos de confiança”), que trazem mais segurança por serem independentes do fator humano.

Parece informação demais? Conte para nós o que acha do uso da IA nesse e em outros ramos da medicina!

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