AI no Mercado de Trabalho Brasileiro!

Em um mundo globalizado, as mudanças são a única constante. No Brasil, até cerca de cinco anos trás, em que as pessoas tinham pouco ou nenhum acesso a tecnologias ou viagens ao exterior, era inimaginável “chamar” um carro por aplicativo, até que essa realidade passou a ser retratada nas mídias sociais, filmes e séries norte-americanos, por exemplo. Não demorou para o estranhamento dar lugar à necessidade de se reinventar e, hoje, esses motoristas de aplicativos, antes tão distantes, passaram a ser vizinhos, primos ou amigos de alguém. 

Fosse o desemprego, ou mesmo a necessidade de aumentar a renda, a maneira de trabalhar foi tão afetada pela automação de processos (RPA) que uma nova palavra surge no vocabulário mundial: a “uberização” de serviços. As pessoas hoje podem solicitar carros por aplicativos, claro, mas esse foi apenas o início. Hoje é possível fazer compras no supermercado, farmácias, restaurantes, tudo por meio de aplicativos.

Para as organizações, uberizar serviços de entregas, por exemplo, permitiu flexibilizar contratos de trabalho, antes rígidos e de longo prazo, excluindo o vínculo e dando ao profissional autônomo controle sobre seus ganhos (por valores previamente estabelecidos) e horários de trabalho. Hoje, basta que o prestador de serviço se cadastre em um aplicativo e pronto: está trabalhando. Com a mesma facilidade com que se cadastra, também se retira. Sem grandes problemas.

Na Quarta Revolução Industrial (Indústria 4.0), a convergência entre as tecnologias digitais se torna não apenas uma realidade, mas uma necessidade. Sejam os chatbots de pré-atendimento, processos de recrutamento e seleção, consultores virtuais – advogados, enfermeiros, contadores etc. – a automatização de processos (RPA) executa de maneira ultrarrápida e eficiente tarefas complexas e repetitivas o que, em última análise, traz celeridade aos processos das empresas. 

A Solução!

Não é preciso ter mais tantos colaboradores para realizar atendimentos a clientes, por exemplo. Na verdade, é disso que os clientes fogem atualmente, pois muitas vezes, as solicitações são resolvidas em algumas mensagens automáticas dos chatbots, com instruções simples calculadas por computadores. Dessa forma, um mesmo robô atende inúmeras pessoas em menos de um minuto, ao passo que um atendente humano levaria em média cinco minutos para dar as mesmas instruções a um único cliente. Traduzindo em números, quantos atendentes seriam necessários para atender a 100 clientes em 5 minutos? 100 colaboradores. E quantos robôs? Apenas 1. Os benefícios são inúmeros, no que se refere a produtividade e relação custo-benefício.

Com isso, as decisões mais estratégicas continuam sendo condicionadas ao fator humano. A inteligência artificial e o big datatrazem dados cada vez mais úteis para a inteligência do negócio, com o machine learning (ou computação cognitiva), que exige pouca programação para a execução de tarefas. Dessa forma, os dados tratados e aprendidos possibilitam que pessoas, hoje não mais ocupadas com tarefas repetitivas e de pouco valor agregado, se ocupem de maneira estratégica e tomem as decisões do negócio.

O que ocorre é que com o avanço da tecnologia, milhões de postos de emprego serão substituídos por máquinas, mas isso não significa um desemprego em massa, apenas que novos empregos surgirão para atender às mais diversas demandas que surgem a todo tempo (como ocorre na uberização de serviços). Com isso, o objetivo das organizações de produzir mais gastando menos se torna cada vez mais uma realidade.

Não apenas para as organizações, mas também para os indivíduos de modo geral. Antes não havia profissões como YouTuber, Influenciador Digital, Gamer, nem áreas de atuação como o Marketing Digital. Portanto é preciso iniciar a conscientização desde os anos básicos de formação, trazendo esses conceitos em disciplinas, para que as novas profissões que virão sejam desafiadoras, mas não aterrorizantes para esses novos profissionais. 

Não é preciso – nem possível – combater a revolução digital; ela já se instalou. O que se pode fazer é, muito mais que aceitar, abraçar essa mudança e se adequar à nova realidade, entendendo que ser inovador em qualquer que seja a sua área de atuação, já não é mais um diferencial, mas um requisito mínimo.

Baruk em Ação!

 Nós, da Baruk, incentivamos o estudo de novas tecnologias pelos jovens, que já vivem a internet das coisas (IoT), e agora podem criar novos usos para ela, assim como robotização e automação de processos. Através do Projeto Ubuntu, promovido pela Baruk em parceria com universidades e o CIEP 165 do Rio de Janeiro, incentivamos e desenvolvemos programas nessas áreas de atuação  com os jovens do ensino médio por acreditar que o preparo para o mercado, por maior que seja, não é, hoje, nem será suficiente em um mundo tão mutável.  

E você, como está vivendo essa realidade? Conte para nós o que achou deste artigo.

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