Você é Cringe?

Nos últimos dias, a polêmica da vez na internet foi um divertido conflito entre gerações. O debate ocorreu em torno do que os mais novos consideram “cringe”, termo em inglês utilizado para classificar algo como “vergonha alheia”. Isso fez com que jovens adultos que estão na faixa dos 30 anos, percebessem que não são mais tão jovens assim, e que, para a geração Z, já estão sendo considerados ultrapassados. Esse tipo de discussão é muito interessante, pois torna evidente a mudança de geração que foi marcada pelo advento da internet. Mas o que é geração Z?

            Ao longo do século XX, foi comum nomear gerações de acordo com as suas características e com o contexto histórico que influenciou as suas vidas. As gerações englobam pessoas que nasceram na mesma época e que compartilham dos mesmos hábitos e cultura. Para alguns especialistas, a cada 25 anos ocorreria uma mudança de geração, no entanto, essa delimitação não é fixa, e com o advento da internet esse tempo parece ter diminuído. Na verdade, o que determina que houve uma mudança de geração é a mudança cultural. É o que pudemos constatar na discussão sobre o que é cringe.

Classificação de gerações

            As gerações foram marcadas pelo seu contexto histórico e a tecnologia teve um importante papel nas transições que ocorreram, pois ela transformou a interação entre os homens e o mundo. Embora essas classificações não tenham sido pensadas para o contexto brasileiro, conhecê-las pode ser relevante, principalmente para as últimas gerações, uma vez que a difusão da internet diminuiu essas diferenças regionais. As principais gerações são:

  • Geração perdida: Essa foi a primeira classificação de geração. Foi a geração que lutou na primeira guerra mundial, portanto, essa classificação se refere mais aos europeus;
  • Baby boomers: o termo se refere ao boom de nascimentos ocorrido após a Segunda Guerra Mundial, entre 1946 e 1964. Foi a geração que contribuiu para a reestruturação do mundo após a guerra. Desta forma, valorizam o trabalho duro e a vida estável. Não lidam bem com a inovação e preferem trabalhar em uma única empresa durante toda a vida em busca da estabilidade econômica. Valorizam o casamento, à compra da casa própria e de um carro;
  • Geração X: termo para os nascidos entre 1965 e 1979. Viveram sob governos rígidos. Aqui no Brasil, foi durante o regime militar. Isso fez com que essa geração fosse muito idealista e sonhadora. Durante o período, sugiram movimentos sociais de contestação e de busca de um mundo melhor, tal como o movimento hippie. No entanto, a geração X sucumbiu a lógica do mercado, pois se viu pressionada a repetir o sucesso dos pais. É uma geração que valoriza o empreendedorismo e as liberdades individuais;
  • Geração Y ou Millennials: nasceram entre 1980 e os anos 2000. Cresceram durante a “virada do milênio” e assistiram a transição da era analógica para a era digital. Também chamada de “geração selfie”, frequentemente é acusada de ser preguiçosa, egoísta, excessivamente contestadora e insatisfeita. Por outro lado, é considerada mais criativa, mais engajada em causa sociais e mais disposta a quebrar padrões. Não valoriza o trabalho intenso, a construção de família e a rotina estável;
  • Geração Z: são os chamados nativos digitais, pois já nasceram na era digital, e, portanto, não conheceram o mundo sem a internet.

Atualmente há discussões sobre a classificação dos nascidos a partir de 2010 como Geração Alpha.

A tecnologia e as gerações

            Os Baby Boomers e a Geração X presenciaram grandes avanços tecnológicos, graças a competição entre as superpotências mundiais que ocorreu durante a Guerra Fria. O desenvolvimento do período culminou, nos anos de 1990, na popularização da internet, que antes era restrita ao uso militar, e com isso encurtou distancias e tornou o mundo globalizado. As gerações que hoje debatem as suas diferenças nas redes sociais, os Millennials e a Geração Z, foram profundamente marcadas por esse processo.

            Os Millennials não têm paciência com a burocracia. Eles sempre buscam agilizar o seu trabalho. Como tiveram contato com a internet desde cedo, sempre buscam eliminar passos em um processo para serem mais eficientes. Valorizam a flexibilidade no trabalho, pois não veem sentido em ficar enclausurados em um escritório das 09h às 17h, uma vez que a tecnologia propicia a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar e horário.

            Essas características são mais acentuadas na geração Z. Nascidos no mundo digital, não sabem diferenciar o mundo online do mundo offline, portanto, as suas vidas são em grande medida determinada pela tecnologia. Estão entrando no mercado de trabalho agora, são autodidatas e possuem perfil generalista, reflexo do amplo uso da tecnologia que têm acesso.

O comportamento de consumo das gerações

            Os clientes das gerações Y e Z buscam mais agilidade, comodidade, segurança, autonomia e menos burocracia. Para além de preços baixos, querem custo-benefício. São exigentes, pois possuem na palma da mão todos os meios para pesquisar os produtos e serviços que melhor os atendem. Em tempos de resseção econômica, não abrirão mão desta prerrogativa.

            Atualmente, os Millennials representam uma parcela expressiva da população economicamente ativa e a expectativa é de crescimento do seu poder de compra e influência. A geração Z já está conquistando o mercado de trabalho. Ou seja, as empresas que querem permanecer competitivas deverão investir em tecnologia para atrair esse público hiper conectado.

Cringe mesmo é não acompanhar as demandas atuais

            Embora a popularização da internet não seja mais uma novidade, o fato, é que ainda tem muita empresa que permanece engessada em processos burocráticos. E isso é perceptível aos clientes principalmente para os que tiveram contato desde cedo com a revolução tecnológica. Até mesmo as empresas que estão buscando se enquadrar aos novos tempos, muitas vezes o fazem de maneira equivocada.

            O grande volume de dados gerados por aplicativos e serviços digitais é muito superior a capacidade das equipes. A sua implementação exige preparo para que a mão de obra qualificada não seja ocupada para a resolução de tarefas repetitivas. O uso de Inteligência Artificial se torna cada vez mais imprescindível para direcionar as equipes para ações estratégicas. Além disso, os assistentes virtuais têm se popularizado como mais um meio de tornar o atendimento dinâmico e ágil, conforme as demandas atuais dos Millennials e da geração Z.

A despeito do conflito geracional, cringe mesmo é a empresa que não consegue acompanhar o seu público-alvo. Para não passar “vergonha alheia”, conheça as soluções para automação de atendimento da Baruk.

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